quinta-feira, 2 de abril de 2015

Introdução



Imaginem, por um minuto, que vocês nasceram e cresceram em uma cidadezinha do interior dos Estados Unidos...

Uma cidade pequena e pacata, situada às margens do Rio Mississippi, no nordeste do Estado da Louisiana...

Imaginem as típicas casas de subúrbio norte-americano, feitas de madeira, com dois ou três andares...

Imaginem suas ruas largas e arborizadas...

Uma igreja protestante aqui... outra igreja católica acolá...

Um comércio local sem grandes atrativos...

E sua única diversão, aos sábados, era assistir aos jogos de futebol americano no acanhado estádio da única escola de ensino médio da cidade...

Sim, vocês eram fãs dos Alligators de St. Francisville!

Agora... imaginem o horror das sirenes tocando...

Imaginem as ruas desertas...

Imaginem o choro das famílias...

Imaginem o som da pesada porta de aço sendo lacrada...

Segundos antes de uma terrível explosão...




Imaginem o chão tremendo...

Imaginem as paredes desabando...

Agora imaginem o silêncio...

Um silêncio ensurdecedor!

E tudo que lhes restou eram aquelas paredes metálicas do abrigo anti-nuclear...

Imaginem-se num aposento escuro...

Com frio...

Com fome...

Imaginem como seria conviver com trezentos desconhecidos, sem qualquer tipo de privacidade ou conforto, durante anos e anos...

Dias e noites iguais...

Com comida racionada e sob rígido controle militar...

Sem qualquer notícia do mundo lá fora...

Aliás... que mundo?

Será que ainda havia um mundo lá fora?

Talvez... tudo o que restou do mundo... fosse aquele pequeno abrigo superlotado...

Talvez... vocês fossem os últimos seres humanos na face da Terra!

Quem poderia saber?




Bem... um belo dia... as portas de aço se abriram novamente!

Tentem imaginar como seriam suas reações, ao verem a luz do sol novamente...

Após anos vivendo na completa escuridão do abrigo...

Tentem imaginar como seriam suas reações ao reverem sua linda cidade de St. Francisville...




Totalmente destruída...

As casinhas de madeira em ruínas...

O asfalto das ruas completamente rachado...

O esqueleto carbonizado das árvores...

E dezenas de milhares de corpos humanos...

Alguns cadáveres queimados...

Outros parcialmente devorados...

Imaginem fortes tempestades radioativas caindo diariamente...

Isto sem falar no aparecimento das criaturas medonhas...

Verdadeiras aberrações criadas por armas biológicas e radiação intensa...

Imaginem como seria viver num mundo sem energia elétrica...

Sem computadores... sem automóveis...

Imaginem como seria viver sem qualquer forma de governo...

Sem bandeiras... sem países...

Sujeitos ao caos e à anarquia!

Imaginem, meus amigos...

Imaginem como seria viver em Fallout...


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